quarta-feira, 21 de outubro de 2009

E um adendinho piquititinho

Nessa questão de portfolio, procure saber com o cliente como foi o retorno do seu trabalho. Um trabalho que tive o prazer de fazer para minha agência foi a campanha de lançamento das nuances de Vermelhos Incandescentes de Preference, no ano passado. Soubemos que por conta daqueles PDVs houve um aumento de 35% (aprox.) na compra de tinturas na gama de vermelhos pelo público alvo. Comemoramos pacas.

Ou seja, se vc confirmar que o retorno foi bom, não se acanhe em dizer. Isso conta pontos perante seu avaliador.

Dicas para arrumar um portfolio!

Estou mexendo no meu portfolio só de onda, para publicá-lo no Issuu e resolvi compartilhar algumas dicas que um sujeito que analisa currículos numa agência me deu (ele mepediu para não publicar o nome dele por razões óbvias...)
1) Você pode arrumar o seu portfolio usando dois critérios: ordem cronológica ou hierarquia de importância. Se usar o primeiro critério, comece com os mais recentes, deixando as datas bem visíveis, para que fique visível a evolução do seu trabalho. Arrumar o portfolio assim ajuda a dar uma compreensão da sua trajetória profissional. Se preferir usar o critério de importãncia, preferencialmente consulte alguém já colocado no mercado para que ele ajude a hierarquizá-los. Esse tipo de arrumação só é aconselhável se você já fez pelo menos dois trabalhos de grande impacto, de grande relevância, mas é desaconselhado se o impacto do "mais relevante" fizer o "menos importante" parecer, na verdade, medíocre.
2) Quantidade não é qualidade, filtre o que vai para seu portfolio. Lembre-se que quem vai olhá-lo tem outros para olhar e não quer ficar de saco cheio. Se você fez uma revista de moda, um logotipo, um catálogo, um encarte de supermercado e um folder de mala direta, coloque apenas os três primeiros. Se não tiver mais nada, corte ou reduza em importância o que tiver mais "cara de varejo".
3) Tem dez trabalhos do mesmo tipo? Use só os dois mais importantes e coloque os outros, apenas se seu portfolio for MUITO pobre, em forma de thumbnails.
4) Quem trabalha com web, deve mostrar apenas uma captura da página inicial, se o portfolio for virtual, os sites vão todos em link.
5) Parecer versátil é bom. Mas se você é um designer que ilustra, por exemplo, divida seu portfolio em dois, um para design e outro para ilustração.
6) Salvo se você estiver em início imediato de carreira, não ponha trabalhos de faculdade no seu portfolio. Porque por mais que oriundos de um lugar que simula um ambiente profissional, os trabalhos de faculdade foram criados em condições muito diversas do mercado.
7) Apenas ilustradores devem colocar trabalhos muito personalistas em seu portfolio, se executados de forma marcante. O design de um fan movie pode ser muito bom, mas não é um trabalho profissional, por exemplo. Hobby não entra como trabalho em portfolio sério.
8) pode resumir o caminho para execução do trabalho, mas pelo amor de deus, não anexe um memorial descritivo dele!
9) nunca coloque trabalhos com erro de grafia ou escrita no seu portfolio, mesmo que "o erro não seja seu".
10) Um designer com uma carreira muito longa deve ter cuidado para não fazer seu trabalho parecer anacrônico. O ideal é mencionar em hierarquia mais baixa trabalhos mais antigos, para ilustração esse critério não vale, porque a ilustração é um trabalho cujo "peso artístico" costuma ser maior que o "peso técnico".
11) faça uas versões de seu portfolio: uma sucinta e uma detalhada. Mas detalhada não significa um portfolio de 200 páginas. Releia a seguna frase da dica #2.
12) apresente seu trabalho de forma criativa, mas nunca pirotécnica ou muito mirabolante. Voce não sabe o nível de paciência do examinador para esperar uma introdução animada de 26 segundos demorar para carregar 2 minutos.

domingo, 18 de outubro de 2009

BG #20 - Edição de DOIS ANOS!!!

O SL é sustentável? As BGs trocam de lugar e nesta edição de 2 ANOS de revista temos uma matéria de capa sobre sustentabilidade com Lucrecia Slade e um editorial de moda com Alyne Dagger! Comemore conosco e também leia a continuação da novela mais engraçada do SL — Os Avatares Também Choram!


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

As coisas de valor e o valor das coisas

Taí o título de um clássico da teoria do design. Mas não vou falar de design, vou falar de gente mesmo.

Na RL eu já estudei e conversei de um tudo e uma dessas coisas foi Kabballah. Durante pouco mais de um ano estudei com um rabino sobre várias coisas e uma delas é o valor das coisas no Universo. E escutei uma frase que me pareceu idiota na hora, mas que depois vi que fazia todo o sentido: "Tudo no Universo tem um valor, um preço, e o menor preço que se pode pagar por qualquer coisa é o dinheiro".

Há seis meses atrás, num início ensolarado de março, perdi um primo por afinidade. Não era meu parente de verdade, mas pela simpatia, pelo amor, pelos gostos, nos chamávamos de primos, tanto ele, como a mãe dele também. E mesmo sendo um parente "emprestado" do meu ex-marido, foi um choque pesado quando eu acordei num domingo que comemorava o aniversário do Rio de Janeiro, sabendo que ele, morando no edifício em frente, tinha pulado a janela, e cometido suicídio aos 27 anos, numa madrugada improvável.

Deixei Rafael descansando debaixo de uma mangueira gigantesca, que era pura majestade e dignidade, no Cemitério São João Batista. Um samba tocava pela rua, e o vento trouxe as notas até nós, parados naquele silêncio de dor. "Ele foi embora em festa, como sempre existiu" e aplaudimos. E tocamos a vida em frente, com um vazio de valor incalculável na existência.

Seis meses depois, num início de outubro prometendo uma primavera ensolarada, o celular toca e minha prima, desta vez da minha família, fala aos prantos: "Meu filho tentou o suicídio, ele está num hospital agora e eu não sei o que vai acontecer".

Meu primo é o máximo. Inteligentérrimo. Charmoso. Preparadíssimo. Culto. Genialmente engraçado. Nossa ironia era sempre posta à prova quando nos encontrávamos, pois somos dois mestres consumados nesta nobre arte (e nos divertíamos rindo de nós mesmos no processo). Foi pra Alemanha trabalhar com games -- o que foi bacana, mas não deu muito certo, não por ele, mas por desorganização dos donos do negócio (provando que gringo também faz cagada -- como se diz cagada em alemão?). Antes tinha passado por alguns perrengues profissionais beeeem chatos, mas enfim, coisas que acontecem.

O fato é que ele, o meu primo que eu ensinei a amar quadrinhos europeus e que me ensinou diversas coisas em troca -- como a predileção por games com física Havok --, por razões que só ele poderia me dizer e que não vou ficar elucubrando aqui, resolveu cometer suicídio. Se tacou numa manhã de domingo (sempre finais de semana!) do 5o. andar. Ele só esqueceu de uma coisa: como um cara que sempre cuidou bem do corpo e se exercitava regularmente, ele estava suficientemente condicionado a resistir a uma queda destas e mais, sobreviver. Não preciso dizer que ele tentou se suicidar e SE FUDEU com todas as letras maiúsculas, em tipologia gótica, e em metal dourado brega em 3D estilo Rede Globo sobre fundo azul rei. Está internado e sendo reconstruído aos poucos, pois os danos obviamente foram extensos.

Mas o choque da notícia foi estupidamente grande. Ao contrário de Rafa, eu carreguei Gus no colo. Brinquei, vi crescer. Dividimos pizzas em madrugadas cinéfilas. Conversamos sobre arte e música, budismo, teatro, marcenaria, idéias e patinação. Trocamos receitas de comidas e dicas de temperos (minha especialidade e dele mais ainda). Passei uma manhã inteira chorando feito criança quando senti que poderia perder algo valioso na vida. E aquela frase cabalística mais uma vez fez todo o sentido do mundo porque amor não tem preço, não se calcula, não se vende, não se comercializa em anúncios no horário nobre, por mais que os cínicos profissionais insistam que tudo é passível de compra e venda. Ou de ser retocado em Photoshop.

Agora esperamos pra ver o que vai acontecer. Eu só sei de uma coisa: eu amo meu primo. E ainda vou ter o prazer de produzir junto com ele a peça de teatro que ele escreveu e rir com os filmes sem noção que só a gente gosta de assistir. E que pra mim têm o maior valor do mundo e que só fazem sentido quando partilhados com gente amiga e amada.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Falando em coisa de brasileiro...


Desculpe everybody macacada, mas essa é nossa e ninguém tasca!!! CARIOCAS RULZZZZZZ!!!!!!

E agora, rumo à Copa de 2014. XD

Sobre originalidade, cópia, plágio e ineditismo...

Estive recentemente com a turma muito antenada que está investindo no projeto de ajuda a avatares brasileiros, com intuito de ajudar noobies a evitar os problemas de cópia, roubo, enfim, tudo aquilo que´tem sido o principal calcanhar de aquiles do SL Brasil.
Ora, é belíssimo ver que em vez de ficarem cuspindo na bandeira dizendo que isso "é coisa de brasileiro" tem gente que está indo a luta para educar DE VERDADE e não simplesmente tratar noobie como retardado falando: cuidado com o produto roubado!
Eu detesto gente que é só discurso e zero ação. E isso é o que eu mais vejo no SL. Como tem gente que só sabe falar que os outros roubam texturas e que não examina a sua própria consciência. Ora, não existe só o copybot mecânico, existe imitação na cara dura.
Já viram quanta gente faz mais do mesmo no SL, só repete o que os outros fizeram primeiro, normalmente com menos competência? Falei da banalização da palavra caráter, mas tem outra coisa: a falta de mancômetro. É extremamente irônico ver gente que cospe marimbondo contra cópia de conteúdo por aí que, por outro lado fala que baixou a temporada do seriado tal e ta doida para assistir. Essas mesmas pessoas são as que tratam suas imagens num photoshop baixado via bittorrent e que copiam na cara dura coisas da RL e do Sl nos seus projetos, se vendendo como pessoas criativas e honestas (que na verdade baixam conteúdo protegido e copiam idéias alheias).
Eu tenho orgulho de uma coisa: quando eu e lu começamos a revista éramos praticamene noobies, mas, ainda assim, todo projeto gráfico e editorial da revista foi sendo elaborado por NÓS DUAS com o mesmo peso, quebrando o pau de vez em quando e respeitando sobretudo a inteligência dos residentes. Nem noobie gosta de ser tratado como retardado.
Eu me orgulho muito do que fazemos na BG. É muito legal ver que somos diferentes da massa até no logo, que segue uma linha meio bahaus, fugindo daquela estética extrusão+glow que você já viu no logo de QUINHENTAS revistas do SL e que já foi apontado por profissionais sérios do design como o ilustrador Renato Alarcão como FIRULISMO CAFONA.
Tem coisas chatas, mesmo. Já tentaram puxar o tapete da BG de toda forma, seja sondando anunciante nosso, seja copiando a forma como promovo a revista desde janeiro de 2008, fazendo capturas e postando no flickr, até o ataque pesado do tipo "não pode ter totem da BG aqui. Porque não pode".
Territorialismos à parte, com todo atraso típico da BG, que atrasa porque é capitaneada por duas pessoas que tem vida profissional real e se dedicam mais a ela do que a um hobbie, ela segue como sendo uma revista muito querida e muito comentada. Quase duas mil views a última edição, sobre a crise e uma outra no forno que só não saiu ainda porque eu ando muito ocupada com meu casamento na RL. Falei um dia para a Lu: se o preço de ser "primeira revista no SL" é viver estressada, histérica e só logar pra trabalhar eu fico em segundo, terceiro, amarradona. Minha tranquilidade não tem preço.
Mas a BG segue, e as pessoas amam a gente sobretudo pelo nosso olhar bem humorado sobre o SL. Se você tiver um pouco de senso crítico e olhar à sua volta no SL vai ver que tem muita coisa para rir. Há fontes de humor por toda parte, não se restringem àquela piadinha infame gasta de chamar usuário de SL de punheteiro mal casado.
Visualmente eu olho para trás e vejo que erramos e acertamos em várias matérias, mas EVOLUÍMOS. Não ficamos repetindo formuletas e nem lambendo fotinho por falta de assunto textual e visual. Quando pegamos imagens e/ou referencias CREDITAMOS e não ficamos arrotando por aí nos vangloriando da nossa criatividade.
Deixamos isso para quem no fundo sabe que não consegue trabalhar sem referência e sem repetir o que já foi feito antes, e que esconde isso se esmerando no acabamento que resulta num bolo enorme e confeitado, cheio de glacê e lindíssimo, mas absolutamente sem gosto e que tem sua reeita cipiada de mil outros bolos que foram confeitados antes desse.
Para terminar o post, só para bons entendedores, uma referencia visual que eu já vi por aí repetida sem crédito por uma pessoa que se acha muito criativa mas que ñão é capaz de fazer nada que não tenha sido feito antes. E não é a único copybot sem script dela, mas é uma das mais flagrantes. Não vou nem postar as outras, ou ficaria na cara demais quem é a "artista"...
http://www.bastaclicar.com.br/cinema/images/cg/492.jpg