quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dos direitos de 2011


Cliquem na imagem pra ver grande, oras.


terça-feira, 11 de maio de 2010

A lição Retrology - como fundar, administrar e fechar um Sim

Tanto tempo fora do Second Life me fez perder a despedida de um dos mais criativos e bem sucedidos sims surgidos no SL: Retrology fechou as portas em abril, depois de dois anos e oito meses de sucesso no grid. Sucesso do começo ao fim, porque a ilha não acabou por causa de dificuldades financeiras (como 90% das ilhas que fecham) ou baixa de tráfego, mas por problemas de saúde da sua principal administradora e idealizadora: Jhunzen Ketsugo, a magnífica DJ Ket-su, Ketsy para os amigos, que eu considero uma amiga e adoro como se a conhecesse na RL.
Eu conheci o Sim em setembro de 2007, quando encantei-me pelas construções e pelo conceito do SIM, que lembrava a cidade de Hill Valley dos anos 50 no filme "De volta para o futuro". Além de ser um lugar graciosíssimo para se estar e fotografar, o Retrology tinha unidade, graças à visão criativa da construtora principal, Anessa Stine, irmã gêmea de Ketsy. A aquisição e manutenção da ilha foi um empreendimento de sucesso graças aos esforços de Anessa, Ketsy e seu então marido Draco Tatsu. Na BG 4 entrevistei todo staff do sim e achei encantador a forma "família" com que eles cuidavam não só de Retrology como do Pin Ups Night Club, uma das principais atrações do SIM e que tinha festas diárias de sucesso, graças à dedicação total de Ketsy.
Para ela, o SL era uma terapia dos problemas de saúde que tinha na RL (e raramente comentava). Ela e Draco eram um casal que havia transcendido o SL e transmitiam um amor real. No fim de 2009 o relacionamento acabou mas eles continuaram mantendo o SIM quase da mesma forma, com algumas diferenças: o Pin Ups deixou de ter eventos diários e sentia-se no ar que algo havia mudado.
Financeiramente, o SIM se manteve até o fim, com pouquíssimos espaços vazios e lojas como a Ivalde, a Artillery e a Pin up dolls que estiveram lá por toda história de sucesso da ilha. No fim, Ketsy postou um longo e doloroso post no blog retrology explicando que PRECISAVA dar atenção às questões de sua saúde na RL e que o fim do SIM foi pensado e repensado. Dando uma lição em qualquer pessoa que pretende ter uma ilha no SL, ela não usou aquela política ridícula de "no refunds" e devolveu todos os aluguéis adiantados dos lojistas e residentes. No fim, Retrology teve uma grande festa de despedida, que eu infelizmente perdi, no Pin Ups. Um fim digno e apoteotico para um dos melhores e mais criativos sims do grid.
Estou triste de ver que mais um dos meus lugares favoritos no SL se foi. Como disse Lucrecia, enquanto crescem no SL os modernosos do mal, aqueles que vivem dizendo que estão mudando tudo no SL mas fazem tudo igual, os bons, os criativos, os realmente bem sacados estão cansando. É mais uma trombeta do apocalipse que toca no mundo linden. Esperemos que role uma mudança para melhor, ou em pouco tempo não teremos mais SL. Pelo menos não o SL pelo qual um dia nos apaixonamos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Confesso que cansei.

Eu estou para escrever este post há mais um menos um mês, mas venho protelando por conta de assuntos mais importantes na RL, mas como tive uma pausa no meu turbilhão decidi postar logo agora, ou não postarei nunca.
Finalmente percebi porque não consigo mais ter muita vontade de conectar no SL, e porque conectada não passo mais do que 1 hora onlone, quando tanto. O fato é que cansei.
Em outubro do ano passado, quando me preparava para casar, já estava meio cansada. Por mais que eu estivesse me divertindo fazendo a revista, concluir o último número publicado da BG Magazine foi um parto, tanto para mim quanto para Lucrecia. Temos ambas maquinas boas, pois somos profissionais de design, porém, o lag andava tão irritante que determinados lugares eram um suplício só de estar.
Não foi à toa que o último Burning Life, que estava rolando nessa época, foi um fracasso, pois, tanto em termos de Lag quanto de conteúdo, foi o pior de todos os tempos. Desastre anunciado, diga-se de passagem, quando se via os papos no grupo do evento ainda nos preparativos: muita gente mandando, um excesso de coordenadores, construtores... enfim, muita gente querendo ser importante, muito cacique para pouco índio. O resultado foi aquele desfile de mau gosto pontuado por poucas boas idéias e que ainda teve como cereja do bolo o uso livre de copybots nas áreas supostamente seguras do evento.
Além do lag, eu comecei a perceber que nada do que era ruim no SL melhorou, tirando a aparência dos avatares. A política escrota da Linden replicada por muita gente que pratica relações comrciais no SL não mudou nada, pelo contrário, só tem piorado. Muita gente entra no SL para ganhar grana, mas a maioria deixa rios de dinheiro lá, seja montando avatar ou alugando espaço, que cedo ou tarde vão parar nos confres da linden com zero de investimento em quem realmente faz o SL: as pessoas por trás dos avatares. Essa coisa de nunca conseguir reclamar e ser atendida cansa. Ser atendida por gente que te trata como idiota, ficar seguindo tickets de reclamação em seu interminável trâmite... a linden quer mais usuários premium, mas trata esses mesmos usuários como se fizesse um favor a eles ao simplesmente existir. Depois que amigos meus foram injustamente bloqueados, sem chance de defesa, meus olhos se abriram quanto a isso.
Sinceramente, minha paciência com o assunto "copybot" também se esgotou. E aí cabem várias considerações: cansei de ouvir as pessoas vilanizarem quem usa copybot sem o mínimo senso crítico e sem questionar o que leva a isso. Muitas das pessoas que criam no SL usam software pirata, lesando as empresas de software, outras, pegam foto da angelina jolie e com o mesmo photoshop pirata fazem skin com a cara de alguém que nem sabe que tem sua imagem usada dessa forma. Todo mundo se preocupa em dar inspect em Deus e o mundo procurando item copiado para dar report, mas não se pergunta porque a Linden, em quase sete anos de atividades, não foi capaz de criar um sistema que proteja os itens criados por usuários. Finalmente, a mesma ausência de senso crítico faz com que gente de má intenção espalhe que fulano ou sicrano é copiador arrebanhando dezenas de OTÁRIOS para reportar e prejudicar eventuais desafetos na base da delação mentirosa. Aconteceu com um amigo meu, eu relatei aqui. o cretino mau intencionado que o reportou o fez provavelmente por causa de uma rixa pessoal (envolvendo uma menina, aliás) e se deu muito mal comigo, que percebi as contradições na sua fala e não reportei ninguém, porque não tenho titica de galinha na cabeça e nem sou maria vai com as outras.
Outra coisa que me irrita, é essa coisa de odiar copybot mas achar normal copiar itens da RL no SL, e até mesmo marcas. Fiquei um dia vendo uma que copiava descaradamente a Dona Karam e a Calvin Klein e que recebia palminhas de toda lindenteligentsia como se fosse uma grande estilista de sucesso. Copiar idéias e conceitos alheios é tão escroto e vergonhoso quanto usar copybot. Se você olhar as principais revistas do SL verá que nenhuma delas tem nada de novo, todas tem projetos editoriais copiadíssimos de revistas da RL, sendo que algumas são um pouco mais caras-de-pau e copiam até mesmo outras revistas do SL. Nossa brincadeira com cartazes de cinema foi descaradamente copiada numa revista de moda no mês seguinte e meu artigo "Eu, avatar" foi plagiado recentemente, fora outras pequenas e grandes chupadas que eu presenciei por aí. Tem muita gente muito vaidosa no SL, mas poucas realmente podem se orgulhar de criar alguma coisa.
E vaidade toca em outro ponto: quanto desfile de ego supernutrido de gente que tem RL frustrada eu testemunhei no SL! É tanta gente que acorda dizendo "ai, que saco, que merda de vida eu tenho" e no SL investe entre 50 e 100 reais por mês para se sentir milionário e humilhar os outros! Quanta gente metida a intelectual que odeia pessoas que demonstram de fato ter cérebro, quanto designer de mala direta se achando diretor de arte porque tem meio projetinho de sucesso no SL. Essas pessoas de fato me cansaram, posso até dizer: no sl vocês me venceram, gente. Desfrutem do prêmio de continuar sendo grande coisa no SL e merda nenhuma na RL porque é exatamente o que vocês merecem!
Some-se a isso tudo um sumiço generalizado de pessoas que eu realmente gostava no SL, sobrando muito poucos amigos de fato conectando sempre. O SL é um lugar para se viver socialmente. Acho que a maioria dos que eu sinto falta foi vítima dessa mesma síndrome de cansaço que me acometeu. Alguns eu ainda converso pelo msn e com os poucos que ficaram no SL eu falo entrando de vez em quando para matar a saudade. Só continuo fugindo das drama queens.
Como disse Lucrecia a mim um dia: dez dias sem entrar no SL são dez dias sem ser incomodado pelos dramas alheios! Não que eu esteja dizendo que tomei nojo do SL e nunca mais vou entrar. Só que me desintoxiquei do SL enquanto ´vício, e não porque estou com uma "maravilhosa RL". Meus problemas ainda estão aqui do lado de fora como sempre estiveram! Eu passei para um excelente concurso público e vou ter que provar na justiça que mereço a vaga por conta de um entrave burocrático idiota que detalharei em um futuro post, estou grávida de quase cinco meses e tenho que administrar trabalho, pré-natal, vida doméstica... tudo com um plano de saúde empresarial muito do mais ou menos e uma renda familiar que está longe de ser faraônica. Tenho enfrentado tudo com o mesmo bom humor que enfrentava quando estava no SL, sem acordar jamais dizendo "RL sucks!". Tenho vivido a minha primeira vida com o mesmo gosto e garra com que vivi a segunda vida... com a diferença que agora não tem esse negócio de bancar o avestruz e enfiar a cabeça no SL para fugir de alguma coisa.

domingo, 28 de março de 2010

És responsável por aquilo que cativas

Michel Lent é um dos mais badalados techno gurus brasileiros (embora essa "especialização" não me convença de todo): é diretor da antiga 10'minutos (hoje OgilvyInteractive), escreve o blog Viu Isso? e é um cara que é uma tremenda fonte de referências. Do Twitter de hoje, pincei uma informação que é muito interessante:

@lent farmville, 82 milhões de usuários ativos por mês.

E eu com a análise anual de 2009 do Second Life na minha cabeça: residentes ativos -- 750.000+ por mês. Um game simplérrimo, de site, dá banho no Second Life. Ok, ele está ligado ao Facebook, o maior portal de rede social do planeta atualmente. O mesmo lugar onde, há um tempinho atrás, avatares de metaversos foram banidos (e depois aceitos), pois lá se aceitariam somente "pessoas reais".

Não adianta o espernear dos fãs, caros leitores, isso é fato: a complexidade do Second Life é a maior barreira para um usuário permanecer no metaverso. Se não fosse isso, a LL não estaria investindo pesado numa campanha (depois de SEIS ANOS) para angariar novas contas de usuários -- de preferência premium (leia-se, pagantes). Vários motivos dessa impermanência existem desde 2007 (ano em que entrei no metaverso):

Baixa qualidade gráfica -- So sorry, photoshopadores de plantão, se a plataforma fosse graficamente decente, vocês não seriam o que são: photoshopadores. Qualquer moleque de 12 anos baixa games, em sua máquina caseira, nada bombada de bites e pentiums e memórias RAM, com qualidade gráfica superior. Eu mesma tenho alguns deles instalados no meu computador e não preciso ser uma geek tarada que precisa da ultimate machine em casa.

(Mas e o Windlight? Ele é lindo! E tem sombras! E tem vários tipos de iluminação! -- É, mas é um 'opcional de fábrica'. Se sua máquina não aguenta o tranco, você vai ficar sem ver. E mesmo com tudo isso, você ainda usa o diabo do Photoshop. Por sinal, vamos fazer uma campanha Dove Real Beleza pros viciados em Photoshop do SL se desintoxicarem dessa neura da perfeição da imagem.)

Baixa qualidade técnica -- Na última semana, a quantidade de vezes que os sites do SL se mantiveram 'unavailable' foi notável. Só quem é muito deslumbrado (ou não se interessa por isso), não viu. Se fosse uma vez aqui, outra ali, seria uma curiosidade. O processo vem desde o nascimento do metaverso. Em SEIS ANOS não conseguiram ainda estabilizar nada????

Complexidade do browser -- a LL pode maquiar o que for, que continua complexo. Muitos dos menus, a maioria dos usuários não faz IDÉIA do que se trata. Muito burro velho só aprendeu o que era rebake depois de mais de ano no SL. E com o advento do novo browser, em fase beta, mesmo os funcionários da LL reclamaram, pois custaram a se adaptar aos novos parâmetros. Se eles que estão imersos não conseguiram, o usuário comum vai se sentir à vontade? Acompanhemos os próximos capítulos dessa novela.

Complexidade da interatividade -- Quando você "nasceu" no SL, você 'intuitivamente' sacou como se mover, como se relacionar, como se comportar? Você entendeu de cara como funciona o inventário? Ou que você tem de desenvolver um talento e trabalhar para ter seu dinheiro virtual? Sem guia (humano, diga-se) ainda não é possível. Palmas para nossos bravos amigos da Tropa dos Lanternas Verdes, em especial, nosso amigo Roth Grut, orientando sempre com elegância e firmeza.

Hoje em dia, o foco da crítica nos blogs especializados é da falta de respeito/coerência/informação por parte da Linden Lab em relação aos Residentes. Tirando o New World Notes, muito bom em informações, mas rasteiro em análises críticas relevantes (até por ser o blog principal para o qual a LL presta depoimentos com mais frequencia), a maioria expõe com clareza as inconsistências, incoerências, fatos relevantes de economia e política in-world, além de comparações com os outros metaversos (o mais próximo deles é o Blue Mars).

(aqui um parêntesis)

Isso sem falar na discussão de "propriedade intelectual" que vários criadores mantém e que, pra nós do BG4E! é um poço de TOTAL incoerência. Achamos DIFÍCIL que uma pessoa comum gaste 900 dólares para comprar um Photoshop (pacote simples) para fazer suas criações no SL e depois cobre um preço de venda sobre esses itens em linden dollars -- sabendo que nos Torrents da vida você baixa o crack e a versão pirata do programa com relativa facilidade. Pagar caro pra não ter lucro, ainda mais num mundo real ainda em crise econômica mundial? Isso vai contra a acepção normal das palavras "prioridade" e "lucro".

(Não estamos aqui falando das criações em que a satisfação pessoal é o lucro. Existem criadores BRILHANTES no SL, mas esses em geral não colocam seus produtos à venda, visando unicamente o lucro. Visam algo bem maior.)

A maioria dos usuários de Photoshop são consumidores de pirataria -- fato. E vêm reclamar que estão sendo copiados? Como levar a sério uma criadora de uma skin que tem o nome ANGELINA, fiel à aparência de uma famosa atriz de cinema americana de mesmo nome? Essa atriz cedeu direitos de uso sobre a imagem dela para fabricação de um item que, por mais que seja virtual, está gerando dinheiro REAL para seu criador? Please, senhores, não me façam gargalhar.

No caso da modelagem de sculpties, a coisa é mais suave, pois o Blender, excelente programa de modelagem 3D, é freeware. Mas a textura de acabamento é feita no onipresente Photoshop. E voltamos à estaca zero sobre coerência de reclamação sobre pirataria X uso de software pirata/cópia do mundo real.

(fecha parentêsis. pronto. falei)

Uma opinião que me chamou a atenção é a de Tateru Nino, do Massively, site especializado em comentar vários jogos online e metaversos. A LL, segundo ela, está "encurralada" pela própria falta de firmeza e direcionamento em suas metas a médio e longo prazo. E que, quem não tem uma meta definida, acaba sendo dirigido por outros -- no caso, os residentes do SL.

As novas políticas para novas contas (premium especialmente), além da campanha em que mostra uma pessoa real e seu avatar muito semelhante, são formas de retomar o foco após anos de direcionamento disperso, desrespeitoso, ou até mesmo indiferente por parte da LL. Não precisamos nos estender muito no tempo -- quem passou pela Crise das OpenSpaces e pelo subsequente encolhimento do grid, sabe do que estamos falando.

Ano passado, várias instituições educacionais migraram para outros metaversos após a interferência da LL no principal site de informação sobre projetos educacionais no metaverso e na declaração da empresa de que "existem outros metaversos para que as comunidades educacionais possam se estabelecer livremente, além do SL". Pra bom entendedor, meia palavra basta -- Blue Mars foi o principal beneficiado com essa atitude, recebendo várias Universidades e entidades educativas.

Fica uma impressão ruim no ar -- a LL tardiamente resolve se colocar em foco, com os próprios funcionários não muito felizes com isso (pq eles vão ter de trabalhar agora XD) e com os Residentes se sentindo os "empatas" nesse processo. Por anos (SEIS ANOS) a empresa deixou o barco correr solto e agora parece querer se livrar do seu maior problema -- os Residentes antigos. Esperamos que seja apenas uma impressão e que o metaverso realmente volte aos trilhos.

Mas francamente, sem respeito e sem coerência, não acredito muito nisso.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Falta do que fazer, oficina do Inferno

Pesquisando a Wikipédia sobre cidades e estados brasucas, eis que me deparo com a informação: Cuiabá possui mais de 780 mil habitantes.

Peraí, isso que dizer que o Second Life é praticamente a capital de Mato Grosso???????

O.O

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O que o seu avatar não mostra....

Tudo aquilo que você deixa de fora do seu avatar, seja no Second Life, Twitter, Facebook, MSN, ou algo que o valha, leve para a academia.

A campanha criada pela Grey, da Costa Rica, para a rede de academias Gold's Gym, podia ser adaptada para clínicas psiquiátricas e terapeutas, né não?









sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Da série: Notícias que mudarão a sua First Life

Robert Pattinson compra cuecas em promoção

E isso é só o início do Carnaval!  XD

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sei que andei sumida, mas estava ultra concentrada em coisas muito importantes para a minha primeira vida, daí... já viu.
Mas meu post super curto para dizer que andei pelo second life esses dias à toa, só pra ver como estão as coisas e me lembrei de uma coisa: gente, como as bundas das skins da redgrave são feias!
Pano rápido =D

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ah, sim, o recap de 2009!

Eu disse que tb tinham os vale-a-pena-ver-de-novo de 2009 do New World Notes (e também do Massively, pela adorável Tateru Nino, uma bad girl que não sabe que é bad girl) e aqui está o resumo da ópera do que foi comentado pela bandas de lá.

JANEIRO:
  • As métricas que eram normalmente mostradas publicamente no site (número total de residentes, economia e etc.) "sumiram" e a explicação para este sumiço foi que "deu bug" no site. E nunca mais se tocou no assunto. E ninguém mais soube de verdade o que estava acontecendo no Reino Virtual da Dinamarca.
  • Coisas anunciadas para janeiro, super especuladas e que NÃO rolaram: a implementação de um sistema de inventário mais confiável e estável; a união do TeenGrid e do AdultGrid. O sistema de renderização Webkit, mais moderno e que deveria substituir o Gecko, tb nunca foi implementado.
  • No meio de uma coletiva com a imprensa, no anúncio da aquisição do OnRez e do XStreetSL, Katt Linden, Gerente de Comunicações da LL, some sem mais aquela e mais tarde é comunicado que ela não mais trabalha para a empresa. Nesse mesmo mês, o OnRez, o mais atrativo dos dois mercados, é "morto a pauladas" pela Linden para que o XStreet fique sendo o único mercado oficial do metaverso.
  • O assunto "taxação sobre bens virtuais" termina no Congresso americano, pois prova-se que tais bens já eram taxados indiretamente.

FEVEREIRO:
  • Robin Harper, a número 2 na hierarquia original da LL e última executiva co-fundadora que restara, sai da LL supostamente em virtude da reestruturação de pessoal.
  • A LL abandona o novo modelo de blog e retorna ao antigo.
  • LL deleta sumariamente 800 mil contas criadas e nunca utilizadas.

MARÇO:
  • Linden Lab anuncia que vai segregar o conteúdo adulto do resto do SL e que os residentes que quiserem freqüentar o local deverão se submeter ao Age Verification. Os criadores de conteúdo adulto deverão se cadastrar para migrar para o novo continente.
  • O novo viewer do SL "esconde" o conteúdo adulto dos Residentes. Para que seja acessado, os residentes devem se cadastrar no Age Verification.
  • CFO John Zdanowski tb sai da LL para no final do ano ir para a Avatar Inc., desenvolvedora do metaverso Blue Mars, tb como CFO. Ele era respeitado e conhecido por lidar com a fúria dos Residentes no período da Crise das OpenSpaces com honestidade, paciência e humor.

ABRIL:
  • A empresa Taser International Inc. processa a Linden Lab (e não o residente responsável) por permitir que uma de suas armas seja vendida replicada dentro do SL -- violação de propriedade intelectual. Após alguns meses, o processo é encerrado, com a retirada da queixa da Taser.
  • O crescimento de avatares realmente ativos do SL chega ao topo de 750K e estaciona.
  • O advogado da família de Frank Herbert, autor da série de livros "Duna", mira nos usuários do SL que são fãs da saga e nomeiam locais do SL com nomes da obra, sem autorização. Os mesmos são obrigados a rebatizar os locais, sob ameaça de processo RL.
  • Phillip Linden concede uma entrevista para o site Massively, mas já há sinais deque há um afastamento do Fundador em relação à atual gerência da LL.
  • O Daily Mail noticia o envolvimento do SL em um trágico caso de assassinato na Itália. Ao verificar que o SL não tinha nada a ver com o caso, nenhum pedido de desculpas foi feito pelo jornal e o número de novos residentes cai por um breve período.
  • O LL anuncia o que mais tarde será o Second Life Enterprise, um viewer apenas para realização de negócios no metaverso.
  • Começa a nova política de banimento dos traffic bots e das áreas de camping do SL.
MAIO:
  • Second Life se coloca como "concorrente" do Counter Strike em número de players logados simultaneamente (quase 90 mil).
  • Começa a implementação do continente de Zindra definitivamente. O nome é uma diferenciação de Indra, o nome do metaverso "normal" em que todos circulam.
  • A LL abre um data center em Washington DC.
  • Phillip Rosedale comunica que estará mais afastado das decisões da LL, mesmo mantendo o cargo de chairman da companhia, para se dedicar a novos projetos e empreendimentos.
  • Linden Lab anuncia mudanças drásticas no viewer do SL, com possibilidade de interatividade com programação Flash DENTRO do metaverso (mostrado com euforia no SLCC 2009, mas nunca implementado).

JUNHO:
  • LL consegue um novo investidor -- Stratim Capital compra ações da LL.
  • É comemorado o 6º aniversário do metaverso, sem a censura a crianças e avatares "diferentes", mas com as dificuldades técnicas de sempre.
  • Phillip Rosedale lança seu projeto Open Source, o novo viewer Snowglobe.
  • A LL lança o último viewer da série 1.x - o 1.23.
  • O governo australiano anuncia que pode estender sua classificação de games online não permitidos no país para o Second Life.

JULHO:
  • LL é considerada pela NeXtUp Research, uma empresa de avaliação de capital, como valendo em torno de 658-700 milhões de dólares.
  • Apenas 465 mil residentes gastam dinheiro real no SL e, desses, somente 200 mil gastam mais de 10 dólares.
  • A LL pede aos Residentes que evitem usar um de seus novos releases dentro do novo viewer do SL, o Bulk Permissions, que supostamente faria qualquer objeto qualquer tornar-se full perms. Ainda não foi considerado seguro, mesmo com o teste de conserto do bulk permissions instalado no SnowGlobe, para verificação da equipe da LL.
  • Verificam-se problemas com o os chats de grupo no novo viewer, não solucionados até hoje.
  • O Relay for Life lança sua campanha anual de doações e bate recorde de arrecadação (US$ 270.388).
  • Rezzable, a maior e melhor geradora de conteúdo do SL, sai do Second Life e migra para o OpenSim.

AGOSTO:
  • LL lança o novo site do Second Life, com uma nova organização e o uso do Dashboard.
  • LL anuncia o "Content Seller Program", um "caminho das pedras" a ser desenvolvido pela LL para assegurar direitos de criação de conteúdo aos criadores do SL, através de registro de dados reais dos Residentes, dentre outras coisas. Ainda está em discussão para ser implementado.
  • LL anuncia o banimento de réplicas de produtos de marcas RL vendidas dentro do SL sem autorização das empresas reais.
  • LL muda o modo como o tráfego é calculado.
  • O então "novo" sobrenome Rockspider faz a Linden pagar um mico monumental, pois na língua inglesa (mais especificamente, na Austrália), é um nome dado a molestadores sexuais de crianças. Após reclamações, é retirado.

SETEMBRO:
  • A média de residentes logados ao mesmo tempo diminui -- possível indicação do êxito do banimento dos traffic bots do SL, ainda em andamento.
  • A OTAN procura builders de alta qualidade para construir sua ilha "em um ambiente virtual", não necessariamente o Second Life.
  • A empresa Eros LCC (de Stroker Serpentine) e o designer gráfico Shannon Grei (Munchflower Zaius) processam a LL numa "class-action" por não garantir segurança para suas criações e por supostos prejuízos comerciais. A classe que alegam representar é a dos criadores do SL. O processo continua em andamento.
    Pouco tempo depois o caso do avatar RobbyRacoon Olmstead é usado como munição pela acusação no caso. Robin coletou provas de que um produto seu tinha sido pirateado e reportou o caso à LL.
    Teve a desagradável surpresa de ter sua conta suspensa, seus dados reais sendo verificados e, ao retomar a conta, viu que seus lindens foram confiscados, não tinha mais a permissão de comprar, vender e trocar lindens. Ou seja, não tinha mais permissão para ser um criador e empresário no SL. Em relação à cópia, nada foi feito por parte da Linden Lab.
    Isso foi uma argumentação a mais para os advogados de Serpentine/Zaius de que a LL demonstra ignorar seus residentes e a tomar decisões descabidas que não respeitam as normas do DMCA, que zelam pela proteção da propriedade intelectual.
  • Termina o projeto experimental da empresa de telecomunicação Orange e sua ilha (Orange, é claro) é fechada. Um sucesso, com trocas importantes entre a empresa e a comunidade de criadores e artistas virtuais, e a prova de que uma empresa pode ser bem sucedida em um projeto de criação de conteúdo em metaversos.
  • A LL abre um escritório de marketing em Amsterdam.

OUTUBRO:
  • O Times faz uma reportagem em que menciona o CEO da LL, M Linden, que atesta: "moda e acessórios respondem por 40% do mercado, mas representam apenas 20% da economia como um todo". Após 1 ano da Crise das OpenSpaces e mais do que nunca, terras continuam a ser o filé mignon dos ricos do SL.
  • LL adverte os SLEducators sobre infração na política de marca da LL/SL 18 meses DEPOIS da política estar em vigor. Por conta disso, o domínio sleducation.wikispaces.com foi desativado e migrou para o endereço http://wiki.jokaydia.com, com um acervo educacional que inclui mais de 100 casos documentados de projetos educacionais no SL.
    Questionada pelos educadores, a LL respondeu evasivamente, inclusive mencionando que a classe educacional não deveria se sentir "atada a uma plataforma virtual única". Muitos educadores consideraram esta resposta um "tapa na cara" da Educação à Distância e migraram, com suas instituições (muitas delas Universidades de alto gabarito) para metaversos como o OpenSim e Blue Mars.
  • Yoko Ono inaugura a Imagine Peace Tower no SL.
  • LL implementa uma facility que sinaliza scripted agents (ou simplesmente bots) a fim de que bots de pesquisa, entretenimento ou educacionais não sejam confundidos com traffic bots.
  • O Burning Life, além dos habituais problemas técnicos e do oba-oba exagerado em torno, é usado para distribuição de conteúdo clonado de vários criadores, dispostos como freebies para qualquer residente pegar. Nenhum deles foi detectado pelo sistema, pois eram clones, ou seja, cópias freebie full perms perfeitas, no nome dos criadores reais.
    Após este fato constrangedor, corre um comentário de que a Era Burning Life do metaverso terminou. Uma nova era se aproxima -- mas ninguém sabe ao certo que era é essa.

NOVEMBRO:
  • O Second Life Enterprise, cuja pedra foi cantada em abril, é lançado em versão Beta.
  • Telstra, uma empresa de conexão de Internet australiana, fecha seu experimento de atendimento a clientes no Second Life.
  • Apenas 6% das lands no SL são catalogadas como conteúdo adulto pornográfico.
  • O grupo de Mentores do SL é desfeito pela Linden Lab, sob a alegação de que não atendia satisfatoriamente ao número de residentes novos. Vários grupos e residentes se reorganizaram, mantendo sua network e orientando novos residentes por conta própria. O trabalho de tradução da Wiki do SL continua para várias línguas, incluindo o português.
  • O XStreet passa a cobrar pela colocação de freebies (99L por freebie) e aumenta a porcentagem de comissão sobre vendas (de 5% para 7,5%), além de taxar em 10L/mês cada produto disponibilizado, vendendo ou não.
    Estas mudanças foram supostamente discutidas nas Office Hours, mas pelos registros dessas reuniões, muitos pequenos criadores acusam a Linden de favorecimento de "amigos" (concierge level residents e land barons), além de má fé, pois essas reuniões não constam dos horários de agenda pública, ou seja, não estavam disponíveis para todos os interessados, mas somente para os que sabiam da reunião.
    Com isso, milhares de produtos foram removidos em questão de horas e o movimento de comércio no Second Life está retornando lentamente ao metaverso propriamente dito. Produtos que continuam freebie ficam fora do search do XStreet e sobretaxados, outros passaram a custar 4 lindens (requisito mínimo de preço) e alguns produtos tiveram a taxa repassada nos preços ao consumidor. Sites como o Slapt estão sendo a alternativa para vários criadores.
  • Phillip Rosedale anuncia sua nova companhia, a LoveMachine, Inc., propondo a busca pela felicidade, a destruição do ego e fazer montanhas de dinheiro (budismo capitalista? esse cara é bom!)

DEZEMBRO:
  • O trabalho com a limitação de scripts ganha uma melhora significativa.
  • Subitamente mensagens de MI não entregues durante todo o ano de 2009 começam a surgir nos MIs de vários residentes, nem sempre para os destinatários certos.
  • Blue Mars, o concorrente mais semelhante ao SL, anuncia o acesso para open beta e anuncia seus preços para terrenos tendo em vista tipos de uso e quantidade de users -- sendo bem recebido pela comunidade do SL como sendo atraente e competitivo, comparado ao SL. A comunidade SL de Caledon abre uma cidade-colônia nesse metaverso, Caledonia.
  • LL abre o novo continente Nascera, com sua política de incentivo a moradias e terrenos para contas premium em fase beta. Uma série de terrenos 512 sqm, com uma casa a ser mobiliada serão oferecidos como benefícios. Os terrenos não podem ser terraformados, nem divididos, nem juntados. Não podem ser ligados a anúncios no search e tb não podem ser palco de eventos. Cada residente terá direito a apenas um terreno.
    É um projeto que vai avaliar se com esses incentivos, o número de contas premium voltam a crescer, já que a nova economia evoluiu ao ponto de não ser necessário ser premium para ter um terreno ou abrir um negócio.
Se eu esqueci de alguma notícia, please, me digam. De uma forma geral, achei o ano "quieto" (em comparação à revolução inflamada que foi 2008 na Crise das Opens) e as coisas ficaram do jeito que estavam, paradinhas no mesmo lugar.

Que venga 2010!

Esta-titicas

Sou leitora assídua do blog New World Notes, do ex-Linden e jornalista Wagner James Au (Hamlet Au no SL) e, como todo fim/início de ano, temos as recaps das notícias do ano de 2009 e o anúncio de que saíram as estatísticas da Linden relativas ao metaverso, no período Q3 (3º trimestre de 2009). A taxa de conversão de Linden dollars para dólares foi a média de 266,71.

Algumas dessas estatísticas são curiosas e gostaria de deixar um resumo delas para vocês como aperitivo -- é bom ler o conteúdo total no Blog Oficial do Second Life para mais detalhes desses dados. Não vou aqui (ainda) dar meu pitaco, porque ainda estou digerindo esses dados e, francamente, olhar gráfico é uma chatice, mesmo pra quem está habituado a eles. 

Os dados abaixo foram expressados como "sólidos e encorajadores", anunciando uma "economia forte e em crescimento". Mas um adendo importantérrimo: NÃO SÃO OS DADOS TOTAIS DE 2009, pois o período Q4 ainda não foi divulgado e essas impressões podem mudar totalmente. 

Não foram levadas em consideração aqui as novas políticas de taxação do XStreet e do banimento de marcas RL replicadas sem autorização dentro do SL -- quem gosta de tênis Converse, por exemplo, que corra, os dias estão contadinhos.... Ou então, se contente com o genérico com etiqueta de camelô, e chinês ainda por cima!  X-D

1) $ 150M de dólares de movimentação total user-to-user (54% a mais do que o mesmo período de 2008, mas 4% em relação a Q2 2009)

2) Atividade do LindenX (compra e venda de Linden dollars) em 29M de dólares.

3) O valor total de vendas no XStreet foi a 420M de Linden dollars (1,6M de dólares aprox.)

4) Horas de uso: ficaram em 118 milhões horas/usuário -- um declínio em relação ao 2º trimestre (126 milhões de horas), por conta das novas políticas para bots da LL.

5) Uso do voice (VoIP) pelos Residentes chegou a 3,1 bilhões de minutos.

6) O número de logins repetidos por unique user ficou na casa dos 750k (ou, pouquinho mais de 750 mil Residentes que logam repetidamente e que estão efetivamente ativos no metaverso).

7) O pico de usuários logados ao mesmo tempo foi de 77.367, contra 88 mil em Q1 e Q2 -- atestando mais uma vez as novas políticas sobre bots no SL. A média de residentes logados ao mesmo tempo ficou em 54K.

8) SPOTLIGHT: o número de usuários internacionais (leia-se: não-americanos) indica a natureza global do Second Life.

  • Os americanos respondem pela maior fatia de transações user-to-user (37%) seguidos  por Itália (8%), Alemanha (8%), França (7%), Grã-Bretanha (4%) e Japão (4%). O Brasil fica em 10º lugar (2%). Mas isso significa que a maioria dos usuários investidores são não-americanos e representam 63% do total.
  •  O número de horas dispendidas no SL tb é maior nos EUA (41%), seguidos de Alemanha (9%), Grã-Bretanha (7%), França (5%) e Brasil (4%). Isso tb significa que os não-americanos formam 59% da massa dos "socializadores".

9) Estabilidade contínua: em relação a períodos anteriores, o downtime até Q3 de 2009 é de 0,15% do tempo total. Downtime refere-se ao tempo perdido em rolling restarts, shutdowns de emergência  e manutenções.

10) A extensão de terras virtuais ocupadas (aluguel/compra de regiões) chegaram a 1,8B de m². Em relação a outubro de 2007, pré-Crise das OpenSpaces, a queda é de 6%.

  • O total de Private Regions é sinalizado em 23.566 ilhas, mas o gráfico tb mostra a discrepância do número de OpenSpaces/Homesteads em relação a outubro de 2008 (Crise das OpenSpaces).
Por enquanto é só, pessoal. Daqui a pouco vamos tentar entender o que essa maçaroca realmente significa.